Após dois meses da denúncia por violência doméstica, Helton Arruda, ex-goleiro da Seleção Brasileira, do Vasco e do Porto, em Portugal, de 47 anos, foi detido nesta quarta-feira (3). O ex-atleta foi alvo de uma operação policial, que encontrou arma e munição em sua residência. O caso veio a público em julho, quando a mulher procurou as autoridades. O Ministério Público acatou a denúncia, e Helton será julgado em Portugal.

Uma arma de fogo foi apreendida no quarto do ex-jogador. À polícia, ele alegou que o objeto pertencia a um amigo falecido, que havia frequentado seu estúdio de música.

Segundo os investigadores, a arma havia sido furtada em uma cidade localizada a 70 quilômetros da residência de Helton Arruda. O ex-goleiro foi liberado, mas terá de se apresentar periodicamente à Justiça.

A operação foi motivada por uma denúncia de violência doméstica feita por uma mulher com quem Helton mantinha um relacionamento extraconjugal de dez anos. A vítima relatou que, durante uma discussão, o ex-jogador teria ido até sua casa para buscar roupas, perfumes, pijamas, chinelos e escova de dentes, ocasião em que ocorreram os maus-tratos.

O ex-atleta responderá criminalmente no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), no Porto. Caso estivesse no Brasil, seria julgado pela Lei Maria da Penha; em Portugal, no entanto, a pena para maus-tratos pode variar de dois a oito anos de prisão. O Ministério Público ouviu uma série de testemunhas, além da vítima, antes de autorizar a operação.

Helton se aposentou em 2020 e, por sua trajetória no futebol português, foi nomeado embaixador da Liga Portuguesa. Até o momento, ele não se pronunciou sobre as acusações.