Os incidentes envolvendo escorpiões têm aumentado no Brasil. Segundo os dados do Ministério da Saúde, em 2023, foram notificados pelo menos 202.324 acidentes com escorpiões no país. Nesse sentido, alguns cuidados são fundamentais para evitar a gravidade do quadro.

Para a médica toxicologista Andrea Franco Amoras Magalhães, coordenadora do curso de Medicina do Unieuro, toda picada de escorpião deve ser tratada como potencialmente grave, independentemente da reação inicial. 

Andrea complementa que a gravidade depende do tipo de escorpião, da quantidade de veneno injetado e da vulnerabilidade da vítima, sendo que “as crianças são mais suscetíveis a ter quadros de saúde piores com picadas de escorpião.”

No Brasil, o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) é um dos mais perigosos, capaz de causar reações intensas. No entanto, a médica faz alerta para os primeiros socorros inadequados.

“Não tente fazer garrote, não dê bebida alcoólica, não coloque remédios caseiros em cima da lesão”, afirma a especialista.

No caso de acidentes, a profissional adverte que o uso de soro antiescorpiônico é geralmente usado no tratamento dos casos considerados moderados.  Já em casos graves, a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pode ser a saída.

Mas, independente da gravidade, procurar ajuda médica é fundamental.

“O acidente pode evoluir de leve para moderado ou grave em poucas horas, por isso o paciente deve ficar em observação”, declarou Andrea.

Ao observar sintomas como dor forte, náusea, vômito, palpitações e dificuldade respiratória, procure atendimento imediato. 

Por fim, atente-se para a presença dos aracnídeos. Verifique sempre calçados e roupas antes de vesti-las, visto que o local é um ambiente ideal para o escorpião se esconder. Os moradores de áreas de mata ou de interior também devem redobrar o cuidado.