Paralisação dos caminhoneiros é protocolada na Presidência da República
Acompanhado por Sebastião Coelho, líder do movimento afirma que mobilização não tem cunho político
Por: Redação
03/12/2025 • 10:23
O representante da União Brasileira dos Caminhoneiros, Chicão Caminhoneiro, esteve na Presidência da República nesta terça-feira (2/12) para protocolar uma ação relacionada à paralisação geral da categoria, marcada para quinta-feira (4/12).
Segundo Chicão, o projeto que sustenta o movimento foi elaborado “a várias mãos”. Ele destacou que a mobilização é liderada pelos próprios caminhoneiros. “Esse movimento é de caminhoneiros, guerreiros, lutadores”, afirmou.
O representante negou que a paralisação tenha motivação política e pediu que os profissionais atuem dentro da legalidade. “Não podemos impedir o direito de ir e vir das pessoas. Temos que respeitar toda a legislação que rege a categoria e garantir o livre trânsito”, ressaltou.
Sebastião Coelho, que esteve ao lado de Chicão no ato de protocolo, afirmou que dará suporte jurídico ao movimento. “Estamos aqui para oferecer apoio jurídico e, mais tarde, divulgaremos mais informações”, declarou.
Paralisação por anistia
Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Coelho convocou, na última semana, apoiadores do político para uma paralisação em defesa de uma anistia. Bolsonaro está preso na sede da Polícia Federal (PF). Em seu perfil no Instagram, o ex-magistrado orienta seguidores sobre como aderir ao movimento e afirma que essa seria “a alternativa que restou”.
“Nós já fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, sem qualquer resultado. E qual é o objetivo? A anistia. Ampla, geral e irrestrita para todos do 8 de Janeiro e para o presidente Bolsonaro, que representa todos. O destinatário dessa paralisação é o Congresso Nacional, que está de costas para o povo”, disse Coelho.
Histórico: a greve de 2018
A última grande paralisação nacional dos caminhoneiros ocorreu em 2018, quando a categoria interrompeu as atividades por dez dias em protesto contra os sucessivos reajustes no preço dos combustíveis, especialmente do óleo diesel. O movimento causou desabastecimento de alimentos e combustíveis em várias regiões do país.
A greve terminou após o então presidente Michel Temer (MDB) atender parte das reivindicações da classe.
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