A participação do Ministério Público Federal no Teste Público de Segurança dos Sistemas Eleitorais marcou a agenda do TSE nesta semana. No laboratório montado em Brasília, investigadores simulam ataques reais aos softwares que serão usados nas eleições do próximo ano, em uma etapa considerada decisiva para validar a integridade do processo de votação.

No ambiente tecnológico preparado pelo Tribunal Superior Eleitoral, vinte e sete investigadores, divididos em quinze grupos, tentam encontrar vulnerabilidades no sistema. Enquanto isso, servidores do MPF especializados em desenvolvimento de sistemas acompanham a execução das atividades, fiscalizam cada etapa e monitoram as providências adotadas para corrigir possíveis falhas. A proposta é aprimorar as camadas de segurança até outubro, garantindo que o sistema chegue ao pleito com ainda mais robustez.

A dinâmica prevê que, sempre que algum ponto crítico é identificado, o TSE implementa ajustes imediatos. Essas melhorias serão reavaliadas em maio de 2026 durante o Teste de Confirmação, quando os pesquisadores retornam ao laboratório para validar as correções sob supervisão das entidades fiscalizadoras, entre elas o MPF.

Entidades que fiscalizam e ampliação do controle social

Na composição da comissão que acompanha o TPS, entram representantes da OAB, da Polícia Federal, do TCU, da Sociedade Brasileira de Computação e de instituições acadêmicas. O grupo atua como árbitro técnico, avaliando a consistência das falhas relatadas e garantindo que o procedimento siga integralmente as regras definidas pelo TSE.

A atuação do MPF no processo integra um esforço mais amplo de fiscalização das urnas eletrônicas e dos sistemas de apuração, reforçando o compromisso institucional de assegurar a lisura do processo eleitoral e garantir que a vontade dos eleitores seja preservada.

O interesse crescente da sociedade na segurança do voto também ganhou destaque. Este ano, cento e quarenta e nove pessoas maiores de dezoito anos apresentaram planos de teste para participar da iniciativa, número que representa o maior registro desde a criação do TPS em 2009 e demonstra a relevância do procedimento no período que antecede as eleições.