O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) questionou o tratamento recebido pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, durante o cumprimento da pena na cela especial localizada na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília. 

De acordo com Flávio, a sala que Bolsonaro está tem uma “barulheira” das 7h às 19h, por estar localizada próxima do ar-condicionado do prédio da PF. Além disso, o senador questionou a falta de espaço para o ex-presidente se exercitar e transitar no local. 

O senador falou com a imprensa nesta terça-feira (2), após visitar o pai e detalhou que o ex-mandatário teve refluxo durante toda a noite. 

“Ele está trancado dentro de uma sala de 12 [metros] por 12 na chave, o dia inteiro. Sai por um período pequeno para fazer alguma caminhada, só que o espaço que ele tem para caminhar ali é um espaço muito pequeno. Dá 10 passos para um lado, dá 10 passos para o outro e já acabou o espaço. É uma pessoa que tem orientação médica para fazer exercício. A sala onde ele está hoje fica do lado do aparelho central de ar-condicionado aqui do prédio, uma barulheira das 7h da manhã às 7h da noite”, disse Flávio. 

Saúde 

Ainda durante a conversa com a imprensa, Flávio disse que o pai tem um tratamento “pior do que chefe de facção criminosa” e que o ex-presidente “não merece passar por isso”. 

“A pessoa precisa de alimentação especial, por causa da questão do fluxo intestinal dele. Precisa de atenção 24 horas por dia. Em casa, pelo menos, ele está num ambiente onde mais pessoas podem estar ali cuidando dele, onde ele pode fazer um exercício, que é algo que é recomendação médica. Então ele é um inocente que não merece estar passando por isso. Fica aqui esse meu apelo para que as pessoas, pelo menos, cumpram a lei com relação a ele e deem a ele o que é de direito, porque ele está tendo um tratamento pior do que chefe de facção criminosa aqui no Brasil”, detalhou durante coletiva de imprensa. 

Família Bolsonaro em conflito

A visita do filho mais velho de Bolsonaro ocorre após autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Alexandre de Moraes, e ocorre em meio a uma tensão familiar entre os Bolsonaro. 

Após Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente, criticar a aproximação do diretório do PL no Ceará com Ciro Gomes (PSDB), os filhos do ex-presidente criticaram o posicionamento da madrasta.