Pãozinho delícia pode se tornar patrimônio cultural da Bahia
Projeto de lei destaca origem da iguaria e reconhece criação de Elíbia Portela em Salvador
Por: Redação
26/11/2025 • 10:12 • Atualizado
O pãozinho delícia, uma criação tipicamente baiana mesmo que muita gente não saiba disso, pode se tornar um bem cultural e imaterial da Bahia. É o que propõe um projeto de lei que foi apresentado na Assembleia Legislativa (AL-BA), visando reconhecer a baianidade da receita que nasceu pelas mãos de Elíbia Portela.
De acordo com a proposta, que foi submetida pelo deputado Paulo Câmara (PSDB), a história do salgado remonta à infância de sua criadora, quando um improviso na cozinha de sua mãe, que era banqueteira, resultou em uma massa mais mole ao substituir uma farinha especial que não chegou a tempo.
Essa mistura inesperada ganhou sabor definitivo ao receber queijo e requeijão, combinação que transformou o pãozinho em presença obrigatória em festas, cafés e comemorações em todo o estado.
Origem e tradição
Segundo o relato apresentado na justificativa, o preparo nasceu como solução para evitar o desperdício do fermento que já estava pronto, gesto que abriu caminho para a iguaria que se tornaria símbolo da culinária baiana.
Atualmente, o pãozinho delícia é reconhecido pela textura macia e pelo recheio cremoso de queijo coalho e presunto, embora outras versões existam. Para o deputado, a popularidade justifica o reconhecimento formal como parte da identidade gastronômica da Bahia.
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