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Operação Fogo Cruzado prende empresário acusado de sonegar R$ 14 milhões na Bahia

Ação mobiliza forças estaduais e revela esquema que desviava ICMS por meio de empresas de fachada

Por: Redação

02/12/202509:52

A Operação Fogo Cruzado deflagrou uma ofensiva de grande impacto na manhã desta terça, quando a Força-Tarefa de combate à sonegação fiscal prendeu temporariamente um empresário acusado de liderar um esquema que desviou mais de R$ 14 milhões em impostos estaduais. Ele foi detido em Feira de Santana, apontado como articulador do grupo empresarial investigado.

Foto Operação Fogo Cruzado prende empresário acusado de sonegar R$ 14 milhões na Bahia
Foto: Divulgação / PCBA

Em outra frente da ação, equipes cumpriram mandados de busca e apreensão em Salvador, Feira de Santana, Irecê, Jussara e Coração de Maria. As diligências miraram uma rede varejista de armas e munições, que teria sido usada como fachada para sustentar a fraude tributária.

De acordo com o avanço das investigações, a quadrilha declarava o ICMS devido, porém deixava de repassar os valores ao Estado. Para manter a estrutura criminosa ativa, o grupo recorria a sucessão empresarial fraudulenta, uso de laranjas em funções administrativas e abertura de empresas fictícias, criadas para ocultar o verdadeiro controlador e postergar indefinidamente o pagamento dos tributos.

Como o esquema funcionava

Segundo o Infip, o Ministério Público e a Polícia Civil, o grupo estruturava a operação para dar aparência de legalidade às movimentações financeiras, ampliando o uso de mecanismos paralelos para ocultação de patrimônio. Entre eles, há indícios de lavagem de dinheiro por meio do comércio de joias, que teria sido incorporado como atividade complementar para mascarar a origem ilícita dos recursos.

Durante a execução da operação, participaram sete promotores de Justiça, 14 delegados, 56 policiais do Necot e do Draco, além de servidores do Fisco Estadual e integrantes do MPBA e da Cipfaz. A mobilização ampliada reforça a prioridade dada ao combate a crimes tributários considerados de alto impacto econômico.

Estrutura integrada no combate à fraude fiscal

A ação faz parte de uma força-tarefa que reúne Gaesf, Infip e Necot, responsáveis por articular investigações e dar suporte às ofensivas contra esquemas de manipulação tributária na Bahia. Essa integração permite rastrear redes que utilizam mecanismos sofisticados para fraudar o repasse do ICMS e driblar a fiscalização estadual.

Conforme avaliação da Força-Tarefa, práticas como essa provocam prejuízos diretos à sociedade, já que o imposto é pago pelos consumidores, porém não chega aos cofres públicos. Esse desvio compromete o financiamento de políticas públicas, reduz investimentos em áreas essenciais e impacta serviços oferecidos à população.