Operador financeiro do PCC é preso em Porto Seguro durante operação nacional
Suspeito atuava na lavagem de dinheiro do tráfico e usava negócios legais para disfarçar os lucros da facção
Por: Redação
31/10/2025 • 08:48
A quinta-feira (30) foi marcada por uma importante ação contra o crime organizado na Bahia. Um dos principais operadores financeiros do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi preso em Porto Seguro, no Extremo Sul do estado. O homem foi localizado dentro de um veículo no centro da cidade durante uma operação conjunta entre o Ministério Público da Bahia (MPBA) e a Polícia Federal.
Segundo informações do MPBA, o preso era responsável por movimentar e investir recursos oriundos do tráfico de drogas, dando aparência de legalidade por meio de empresas e negócios formais. As investigações indicam que ele intermediava operações financeiras entre traficantes, empresários e integrantes da facção paulista.
A ação faz parte da operação Off White, deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), que apura crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. O esquema teria surgido após desentendimentos internos entre membros do PCC, levando o grupo a criar um sistema de transações imobiliárias e financeiras para ocultar o patrimônio acumulado ilegalmente.
Operação Off White bloqueia bens e prende acusado
O Gaeco Sul, do MPBA, executou a prisão com apoio da Polícia Militar e da Polícia Federal. Além do mandado cumprido em Porto Seguro, a ofensiva se estendeu a Campinas, no interior paulista, onde foram realizados oito mandados de prisão e onze de busca e apreensão. A Justiça também determinou o bloqueio de valores bancários e o sequestro de doze imóveis de alto padrão pertencentes aos investigados.
Durante o mesmo dia, o influenciador digital Eduardo Magrini, conhecido como Diabo Loiro, foi preso em um desdobramento da operação. Ele exibia uma rotina de luxo nas redes sociais, com carros esportivos e viagens internacionais, mas já responde por crimes como homicídio, receptação e formação de quadrilha. Segundo a promotoria, Magrini integrava uma rede que incluía empresários, agiotas e traficantes, todos ligados ao esquema de lavagem de dinheiro do PCC.
