Ausência de Jorge Messias em evento em Salvador reforça clima de nomeação ao STF
Ministro da AGU adota postura discreta e alimenta expectativas sobre escolha de Lula para a Suprema Corte
Por: Redação
31/10/2025 • 10:43
O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, voltou a chamar atenção nos bastidores políticos, desta vez por sua ausência. O jurista era o convidado mais aguardado na abertura do Encontro Nacional do Colégio Permanente de Juristas da Justiça Eleitoral (Copeje), realizado na noite de quinta-feira (30), em Salvador, mas não compareceu ao evento.
A falta de Messias surpreendeu autoridades e convidados, já que sua presença havia sido confirmada previamente. Entre os presentes estavam o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, as ministras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Vera Lúcia e Edilene Lobo, e o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti. A ausência acabou se tornando o principal comentário da noite, reforçando a estratégia de reserva adotada pelo ministro em meio às especulações sobre sua possível indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Silêncio de Lula e bastidores de Brasília
Fontes próximas ao governo afirmam que Messias tem evitado compromissos públicos para não gerar ruídos no processo de escolha. A movimentação discreta, vista como sinal de cautela, ocorre em meio à expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncie ainda nesta sexta-feira (31) o nome do sucessor de Luís Roberto Barroso, que se aposentou recentemente.
A postura contrasta com a agenda intensa de Messias no início de outubro, quando esteve na Bahia ao lado de Lula durante a inauguração da fábrica da BYD em Camaçari. Desde então, o ministro tem reduzido aparições, num gesto interpretado como preparação para a sabatina no Senado Federal.
Caso compareça ao evento jurídico marcado para esta sexta-feira em Salvador, a presença de Jorge Messias poderá simbolizar um novo capítulo na história do STF. Curiosamente, foi também na capital baiana que, em 2013, Luís Roberto Barroso fez sua primeira aparição pública após ser indicado ao Supremo e, anos depois, anunciou que deixaria a Corte.
